sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A esperança (do cemitério) é a ultima que morre!

Quem diria que um dia uma liderança religiosa iria usar a tribuna da Câmara de Vereadores, espaço historicamente privilegiado aos “Donos do Poder”, e, com seu pronunciamento direto e realista, traria a todos (tanto situação e quanto oposição) o mais puro sentido de realidade, de modo a que os problemas mais simples da Cidade pudessem voltar a ordem do dia e voltarem a ser debatidos por todos;

Quem diria que no mesmo ato, dezenas de pessoas se deslocariam de todos os lugares da Cidade para dar apoio a este mesmo líder religioso, independente de suas religiões, de suas vontades político-partidárias e de suas origens;

Quem diria que alguém um dia iria ter a coragem de nominar os responsáveis por um problema “qualquer” que atinge frontalmente o povo de Porto Belo, tão importante quantos vários outros problemas (cemitério, rodoviária, calçadas, entradas e vias de acesso da Cidade, atendimento médico, etc), todos completamente esquecidos sob a construção virtual de novas ilusões;

Quem diria que, melhor de tudo, esses responsáveis estariam presentes para ouvir sua própria responsabilidade e que, descaradamente, concordariam com tudo o que foi dito como se naquele instante estivesse sendo inventado o óbvio que até então ninguém conseguia ver;

Quem diria que no dia seguinte, a Cidade toda estaria comentando o fato ocorrido na Câmara de Vereadores e estaria sedenta por novos atos e manifestações de justiça e de expressão popular;

Quem diria que, no dia seguinte, novamente, dezenas de pessoas estariam mobilizadas em vários outros lugares de Porto Belo, se organizando, debatendo e concebendo a esperança de uma nova realidade, apta a todos e somente possível quando construída por todos;

Quem diria que a fé, a esperança e a política fariam uma trilogia surpreendentemente humana, além de humanizadora, capaz de movimentar montanhas e populações inteiras em torno de um único objetivo, a preservação de nossa humanidade e a garantia de um pouco de respeito e dignidade, o que nunca foi pedir de mais, mas que agora, exige nossa ação, similar a do Pe. Revelino Seidler, o líder religioso que nos afirmou e demonstrou que nossa esperança é a ultima que morre (mesmo porque, se morresse hoje não teria onde ser enterrada)!